quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Uma Outra História da Bela Adormecida - Capitulo 4

Proposta

No castelo, há um grande salão de reuniões, aonde o rei e seus homens de confiança, debatiam problemas e soluções para casos de fim políticos e sociais. O salão é um lugar fechado e possui uma grande mesa retangular com 21 cadeiras: 10 do lado esquerdo, e 10 do lado direito e uma que ficava em uma das extremidades, sendo esta, ocupada pelo rei durante as reuniões.
Nesta noite porém, o salão não estava lotado de pessoas em suas cadeiras, nele só havia um triste rei Estevão chorando desamparado.
Algumas horas atrás, as três fadas haviam explicado a ele e a rainha o plano de levar a princesa com elas e criá-la na floresta, para que Malévola não a encontrasse. A rainha, ainda muito triste e receosa, havia permitido, pois não queria ver a filha dormindo numa cama a espera de alguém que pudesse desperta-la. O rei porém, achou o plano uma completa tolice e disse que jamais permitiria que sua filha fosse levada dele.
O rei agora estava sentado em sua cadeira no salão de reuniões, triste, pensando no terrível destino que aguardava sua filha.
Ele olhou a grande mesa retangular, aonde uma estranha névoa negra parecia sobrevoá-la. O rei não estranhou quando a fumaça começou a tomar a forma de uma bela mulher vestida de preto, sentada em uma das cadeiras que ficava a direita.
- Você voltou! – disse ele.
- Creio que temos muito a conversar! – respondeu Malévola com um sorriso.
- Conversa o que? Seu monstro!
- Você me tornou um monstro. – ela disse em forma de repreensão – Pense Estevão, se não fosse por você, eu jamais seria o que sou hoje.
- O que eu fiz com você foi horrível, mas usar minha filha para me machucar...
- Ela seria minha filha se você não tivesse me traído com Tália!
- Lucia, você era tão boa, por quê...
- Não me chame assim! – disse Malévola interrompendo Estevão em voz alta – Você sabe que esse não é meu nome.
Malévola então se levanta e vai em direção ao rei que a olhava com indignação.
- Eu vim aqui para lhe fazer uma proposta: retiro a maldição de sua filha, porém, você me da esse reino e me da a sua alma também. Deixarei sua filha e sua mulher em viverem em paz, mas você será meu escravo para toda a eternidade.
O rei ao ouvir isso se irrita e levanta de forma que agora os dois estavam de pé. O rei Estevão olha nos olhos de Malévola, percebem que aquilo não se trata de um blefe, e então diz com um tom sério:
- Saia daqui, saia do meu castelo, não terá nenhum dos dois, e minha filha nunca cairá na sua maldição sua bruxa desgraçada! Saia!
Malévola da um grande sorriso, da meia volta e se afasta de Estevão. Ela volta a olhar para ele e diz:
- Seu pobre coitado, sabe que eu nunca perdi ninguém, e não vai ser agora que irei perder, sua filha vai dormir para sempre, espero que aproveite o tempo que vai passar com ela. Adeus!
E dizendo isso a névoa negra começa a rodear Malévola e quando se dissipa a fada já não está mais lá.

O rei resolve aceitar as proposta das três fadas, e naquela noite, no momento em que todos do reino já estavam dormindo, elas levam a criança, enquanto o rei e a rainha olham sua filha com suas três madrinhas, desaparecerem na noite sombria.

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